terça-feira, 7 de abril de 2009

POESIA? NÃO, SÓ UMA PÍADA

Ela tinha um estranho pesadelo com crocodilos. Não que os crocodilos fossem assustadores ou a perseguissem, ou como naqueles filmes de James Bond, no qual se arremessam espiões ingleses dentro de tanques com animais ferozes.

Não! Não era nada disso! Eram bichinhos até engraçados, nas suas expressões de réptil havia até um estranho sorriso. Um sorriso bobo de enormes bocas dentuças levemente abertas.

Nem eram feios esses bichinhos.

Mas, pasmem! Eram azuis! Ora essa, crocodilos azuis! E isso a assustava. Crocodilos azuis inofensivos! Antes a devorassem e acabassem com aquela palhaçada toda!

- Isso mesmo, eu vejo todas as noites crocodilos azuis – repetia ela, pela quinta vez a uma amiga incrédula.

- Crocodilos azuis? A amiga pensou um pouco, meneou a cabeça, murmurou mais uma vez: - crocodilos azuis... - por fim, perguntou: - você já viu um psicólogo?

- Não, só crocodilos azuis.


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