O real é uma farsa!
O que sou eu? A milionésima parte de uma roda, que giraria sem mim, do mesmo modo, que giraria sem qualquer outra das suas milionésimas partes...
Giraria mesmo sem todas, mesmo sem rodas: um fantasma obstinado.
As coisas não estão claras na minha mente. Mas sei que tudo o que faço só vale a pena, pois não há nada mais para se fazer.
Tudo isso não passa de um grande passatempo. E essa é toda a sua realidade.
O mundo... a minha vida...
Nada é absolutamente real.
Nada absolutamente faz sentido. E parecer ser tão natural que não faça sentido quanto a tristeza por sabê-lo inexistente.
Era noite de núpcias. A donzela assassinou o seu esposo às quatro horas da manhã.
Todos percorriam ruas nevoentas atrás da felicidade. Eram tão negros esses todos.
Encontraram a donzela e seu vestido branco e vermelho, segurando a cabeça de um homem.
E seguiram em frente.
A felicidade deveria estar à frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário